Quando era miúdo, o lugar da Lameira ocupava todo o meu imaginário especialmente à quarta-feira, dia de realização da feira semanal. Na altura, os feirantes enchiam o recinto, o que hoje já não acontece e, para quem descia de Pereira, a entrada fazia-se junto à mercearia da «Crasta». Logo em frente, estavam...os bolos! As monas, o pão-doce e outras delícias eram justificação suficiente para dar a volta pelo resto da feira com a minha avó e, principalmente, para amenizar o almoço ou o jantar daa quartas-feiras, onde, normalmente, eram servidas as fanecas compradas na feira, peixe que, sem culpa dele, passei a detestar perante a obrigatoriedade parental de comer o que era posto na mesa…
Mas Mosteiró tem outras memórias, para além da família avoenga que por ali há muito se instalou e ainda lá vive. Antes de começar o «porta-a-porta», fui ao cemitério, passando pela éfigie do Pe. Neto, visitar a campa de uma das pessoas que mais me marcou até hoje: a da «Gena», diminutivo da Profª Eugénia Ramos, que ali deu aulas a gerações inteiras de mosteirosenses e que sempre considerei como família.
Dez quilómetros depois de arrancarmos no «Largo da Feira», terminámos em Arões, onde decorria um jogo de futebol, curiosamente entre equipas femininas. E ainda dizem que o futebol é só para homens…
Distância percorrida: 9,880 Km (Acumulado: 27,87 Km)