quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Na enorme Bagunte...

Quando era miúdo e ia para a praia, em Vila do Conde, o meu pai fugia ao trânsito de Verão que engrossava na Nacional 13 para atravessar o Ave (curiosamente, as filas permanecem iguais…) atravessando o Ave em Bagunte, primeiro pela velhinha D. Zameiro e, depois, pela «Ponte nova». E eu sabia que estava em Bagunte quando começava a ver os muros da Quinta d’Além. Altos, graníticos e imponentes, faziam-me sonhar com o que haveria por detrás, certamente lobos terríveis ou, no mínimo, cães ferozes…
Mais recentemente, Bagunte fez despertar em mim uma outra admiração: a cividade, provavelmente o maior tesouro histórico por revelar em Vila do Conde. A primeira vez que lá fui, de carro, armado em aventureiro de todo o terreno, o tempo estava chuvoso e fiquei atascado… Só por sorte consegui sair sem passar pela vergonha de pedir ajuda … A recompensa veio alguns anos depois, quando encontrei, lá em cima, o Dr. Paulo Pinto, arqueólogo da Câmara Municipal, que teve a amabilidade de, no local, nos envolver no seu entusiasmo pessoal por aquele espaço.
Mas Bagunte não impressiona só pela História. Desde logo, a extensão, de Santagães a Corvos atinge, seguramente, meia dúzia de quilómetros. Aliás, o conta-quilómetros aqui baixou substancialmente porque se optou por fazer quase todas as ligações recorrendo ao automóvel, sob pena de se chegar ao dia das eleições e a volta pela freguesia continuar por terminar…

Distância percorrida: 9,64 (Acumulado:355,2 Kms)