De todas as freguesias até agora visitadas, Guilhabreu foi a que mais me surpreendeu pela negativa. Ruas esburacadas, outras por pavimentar, jardins públicos por tratar, enfim, um monumento à ineficiência da Junta de Freguesia. O relógio, por aqui, parece que parou há já alguns anos...
E, como se não bastasse, encontrámos, igualmente, sérios problemas de habitação social, como, por exemplo, no Alto da Francisca. Mas vimos mais, muitos mais. E, tal como noutras freguesias, também em Guilhabreu a habitação social está longe de ficar totalmente ocupada. Não se compreende esta inoperância e esta incapacidade de gerir o dossier «habitação social» por parte da Câmara de Vila do Conde… Talvez estejam à espera das eleições. Seria um péssimo sinal para os vilacondenses, mas uma excelente notícia para nós…
Curiosamente, ao lado de muita habitação sem condições, encontrámos, igualmente, excelentes moradias, algumas extraordinariamente bem recuperadas, em especial na zona do Batel – onde aproveitámos para dar uma vista de olhos à mega-exploração agrícola que é a «Casa do Teixeira do Batel».
Já na zona de Santa Eufémia, contactámos com a amargura de vários vilacondenses. Porquê? Porque estão em vias de deixar de o ser, passando a ser trofenses. Tudo porque há um diferendo entre os dois municípios sobre a linha de demarcação de ambos, o que leva a situações caricatas de pessoas que têm a casa registada na Conservatória do Registo Predial de um concelho e votam e pagam impostos no outro… Queixam-se que há dez anos que esperam uma resposta da Câmara de Vila do Conde. Respondi-lhes que, a continuar assim e tendo como referência o abastecimento de água, ainda teriam de esperar mais duas décadas...
Distância percorrida: 19,87 kms (Acumulado: 226,42 kms)